Moda ecologicamente incorreta
Calças jeans por 15 reais? Camiseta mais barata do que um café? Aqui na Grã-Bretanha, surgiram nos últimos anos redes de lojas e supermercados vendendo roupas a preços incrivelmente baixos.
Roupas tão baratas acabaram criando por aqui do fenômeno da "disposable fashion", ou moda descartável, com muita gente comprando peças por impulso, usando apenas uma vez e jogando fora. Só aqui na Grã-Bretanha, dois milhões de toneladas de roupas acabam nos lixões todos os anos.
Coincidindo com o início da , o governo - juntamente com 300 estilistas e lojas - está lançando uma para tornar a moda mais sustentável desde o design, passando pela venda, até a forma como é descartada.
Eu já venho observando muita gente comprando menos, vendendo suas roupas usadas em brechós, doando para caridade ou trocando em festas especializadas (aliás, fui a um desses eventos recentemente e em breve conto como foi!).
Fico pensando...vocês têm essa preocupação na hora de se vestir? Ou a moda da moda sustentável ainda não pegou no Brasil? Fiquei curiosa...
dzԳáDzDeixe seu comentário
Bem, eu procuro comprar peças duráveis. Depois, quando não quero mais usá-las, reciclo ou dôo para um bazar de hospital perto da minha casa. Gostaria de ir a um swap, mas não sei de nenhum que tenha acontecido no Rio.
Beijo.
Sou fotografo e Tenho um blog de street fashion em Londres.http/:mindthefashion.blogspot.com/ E percebo que as pessoas nas ruas tem usado muita criatividade em combinar pecas em diferentes padronagens, texturas, ao que me parece uma grande reciclagem!
Ando pensado muito nesse assunto, como resolver esse problema do consumismo impulsivo de todas as mulheres (inclusive o meu)?
Acho que a opçao de brechós e vintages são uma boa, roupas de época eram muito mais bem feitas do que as atuais, e por isso duram mais.
Essas festinhas de troca também sao legais, fui em uma ha algumas semanas atras e deu super certo! Nao precisa ficar esperando um convite pra uma mega festa desse tipo, acho que organizando só com amigas já é o maximo.
Discussão importante está da moda sustentável, como tudo que envolve o tema. Há muito venho me questionando sobre o consumo excessivo, principalmente feito por nós, mulheres. Procuro não comprar roupas descartáveis e sempre que compro roupas novas faço doação de um tanto, porque procuro ter no meu guarda-roupa somente o que uso. Gostei muito da sugestão de uma festinha de troca feita entre amigos.
A indústria leva grandes vantagéns no consumo compulsivo, o estumula. Por isso me espanta bastante a "moda sustentável". Quanto a mim prefiro pagar mais por uma peça que dure que por dez descartáveis.
Gostei. É necessário que as pessoas repensem o uso (excessivo) que fazem da natureza. Aqui, em Florianópolis, encontramos muitos brechós, feiras para angariar fundos de ongs com roupas baratíssimas. Centros de recolhimento de doações (templos, igrejas, ongs). Existem iniciativas de grupos que mantém os chamados mercados de trocas diretas.
A existência destas práticas mostra que por aqui também existe uma mentalidade de consumo consciente. Mas, sem dúvida, que ainda vigora o consumo desenfreado.
Sempre procuro comprar roupas duráveis e que não sejam tão limitadas a uma tendência da estação..
Mas ainda assim, tenho um excesso inegável no meu armário, que tento manter num nível bacana doando minhas roupas menos preferidas para primas mais novas ou conhecidas que tenham o mesmo tamanho que o meu..
Adoro receber a troca quando elas resolvem limpar o armario tb.. sempre acho algo inusitado! E o que não gostei, vai para bazares ou orfanatos..
Sempre penso em comprar coisas que durem mais de uma estação ou melhor... que durem pra toda a vida (se é que isso é possível). Como não vou mais mudar minha altura praticamente grande parte das coisas que eu tinha des dos meus 13 anos ainda uso (que comportem ainda com a minha idade - o que não dava foi madado pra cariade)
ps: hoje tenho 18 anos
Somente agora, com a Terra expondo seus sinais de aquecimento, poluição e esgotamento de recursos (morte prematura), os consumistas ou capitalistas resolveram “pensar”... O comunismo, da forma como foi politicamente concebido, também já demonstrou inviável. Tais fatos trazem uma questão: somos mesmo racionais ou apenas animais que aprendem com maior lentidão, em relação aos demais seres vivos do Planeta?
Mas... Eu adoro Chanel! Não tenho culpa! Sou apenas mis um produto do que foi denominado “Civilização’.
Penso que civilização de fato ou perfeito equilíbrio que garante a vida era a forma como os Índios viviam no Brasil de 1500.
Consumo inteligente
O não consumir fashion.
Como designer (estilista, criadora, pesquisadora, ou qualquer outra designação) deparei-me com a tal situação de crise, e com o paradigma de inventar o que não é para ser consumido.
O que criar para aqueles que não querem ser “fashion victims” ou para aqueles que são, mas querem ser conscientes?
No momento em que as embalagens vai e vem viraram it obrigatórios, o que colocar dentro delas?
A moda também quer resgatar o “tempo”. Uma carta virou elemento de inspiração, poder escrevê-la, faz dela algo muito mais precioso. Um abraço ao vivo mais do que abs no final de um correio eletrônico, assim como um tea à cinco, no meio da semana, puro sonho de consumo.
Resgatar os valores, valorizar o tempo e as simples coisas da vida. Com essa idéia, como tema, inventar quem sabe um novo espelho, menos crítico, exigente e consciente, que não “mostrasse” o tempo, que permitisse um cabelo molhado, uma regata meio amassada, um velho jeans rasgado e desbotado (voltou a ser moda) e nós pés, mesmo sem a sola vermelha de um Louboutin, uma vontade de bater perna, nem que seja só pra dar uma olhadinha.
No momento em que tudo é permitido, o importante mesmo é se permitir, nem que isso signifique até não consumir, e quem sabe ser fashion, sempre, mas nem de longe, victim.