Rasgou?
Não tem nada pior do que meia-calça que desfia no meio da festa, certo?
Errado, pelo menos para algumas londrinas como a modelo anglo-brasileira Alice Dellal (na foto ao lado), uma das primeiras a adotar o retorno da moda da meia-calça rasgada.
Em tempos de crise, esse é um modismo fácil de copiar em casa (basta fazer seus próprios buracos ou aproveitar uma meia-calça que rasgou sozinha). Mas, para minha completa surpresa, outro dia me deparei com uma loja vendendo meias-calças e leggings previamente esburacados. Obviamente custando mais do que uma meia-calça "inteira".
Seja como for, por aqui, a tendência está fazendo bastante sucesso entre o povo mais aventureiro. Será que a moda pega no Brasil?
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
Essa moda provavelmente não pegará no Brasil, furo na meia, é sinal de pobreza para brasileiro...e como sabemos, brasileiro tem horror a pobre... A atriz Farrah Fawcett quando nos 80, lançou a moda de usar a meia aparecendo a liga com uma mini-saia curta, foi a sensação e virou moda nas discotecas da moda nos USA. No Brasil foi considerada "moda de puta", tanto quanto o idefectÃvel esmalte vermelho, que ainda hoje segundo dizem, não conseguiu "destronar" a tal da "misturinha incolor/branca" preparada pelas manicures há quase 30 anos. Da mesma forma, os clássicos batons vermelhos que nunca sai de moda, no Brasil, é aceito no máximo no carnaval, como também os esmaltes vermelhos. A brasileira de uma modo geral é conservadora e cafona no vestir. Quando penso em moda inglesa, me vem à cabeça a ousadia de Viviane Westwood. Da mesma forma, a moda parisiense, CC, dois Ãcones que não se coadunam para as brasileiras, mais por questões culturais (moda para paÃses que tem tradição de moda no vestuário e clima propÃcio, como as européias) do que propriamente poder aquisitivo. As poucas brasileiras elegantes e que vestem roupa de griffe, na França são consideradas mulheres que se vestem elegantemte, vide exemplo, a francesa Rachida Dati, no Brasil, elas são consideradas e pejorativamente tachadas de "peruas", não sei se por pura ignorância ou falta de cultura mesmo. Hebe Camargo e Martha Suplicy, enquanto no Brasil, chamam a atenção de maneira negativa (peruas), em Paris, passariam despercebidas, principalmente se estivem fazendo compras na elegante Av. Montaigne.
Vale lembrar que, para que a moda aconteça é preciso que existam seguidores, ou seja, ninguém "faz" moda sozinho. É preciso que exista um consenso, pessoas que acreditem, concordem e consumam esta ou aquela idéia para que ela vire moda. E, como bem escrito pela Cecy, "furo na meia, é sinal de pobreza para brasileiro...e como sabemos, brasileiro tem horror a pobre...".