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Câmara rejeita pedidos por convocação de Palocci

Joao Fellet | 2011-05-18, 16:48

A Câmara rejeitou nesta quarta-feira três pedidos da oposição para que o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, fosse convocado para esclarecer o aumento de 20 vezes em seu patrimônio, conforme revelou no último domingo.

Pelo placar de 266 votos contrários e 72 favoráveis, a Casa derrubou o primeiro pedido de convocação. Posteriormente, outros dois pedidos similares também foram rejeitados.

No domingo, uma reportagem da Folha apontou que a empresa Projeto, da qual Palocci detém 99,9%, comprou dois imóveis em São Paulo – um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório de R$ 882 mil.

Com a inclusão dos dois imóveis em seus bens, o patrimônio de Palocci passou de R$ 375 mil para cerca de R$ 7,5 milhões entre 2006 e 2010, período em que o petista exerceu mandato de deputado federal.

Após a reportagem, o PPS protocolou uma representação na Procuradoria Geral da República pedindo que a Polícia Federal investigue quem foram os clientes e quais foram as atividades exercidas pela Projeto.

O PSDB e o DEM anunciaram que também acionarão o Ministério Público, e o PSOL propôs a alteração do Código de Ética da Câmara e da Constituição, para proibir a participação de congressistas em atividades de consultoria ou sociedades privadas.

Em nota, Palocci afirmou que os imóveis foram comprados com recursos obtidos mediante serviços de consultoria econômico-financeira prestados pela empresa enquanto ele exercia o mandato de deputado.

Ele afirmou ainda que, ao ser nomeado ministro por Dilma Rousseff, comunicou à Presidência a existência da empresa e de seus bens e que, antes de tomar posse na Casa Civil, a Projeto deixou de prestar consultorias e passou a se dedicar somente à administração dos dois imóveis, para impedir que houvesse conflito de interesses com seu cargo no ministério.

Na terça-feira, Palocci voltou a se pronunciar sobre a reportagem. Em e-mail enviado a um grupo de senadores, justificou o aumento no patrimônio ao dizer que, por já ter sido ministro da Fazenda, seus serviços de consultoria são valorizados no mercado.

Ele citou ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central que, após deixarem os cargos, iniciaram carreiras bem-sucedidas como consultores, diretores de instituições financeiras ou banqueiros.

Segundo Palocci, todas as informações referentes à sua evolução patrimonial constam de sua declaração de renda e não há qualquer lei que impeça um deputado de exercer atividade empresarial.

dzԳáDzDeixe seu comentário

  • 1. à 2:57 em 2011-05-19, C.Paoliello escreveu:

    Quanto à declarações do sujeito em causa: me engana que eu gosto!

  • 2. à 20:02 em 2011-05-21, José Teixeira escreveu:

    É evidente que essa moção é incômoda até para políticos ditos de oposição, pela situação patrimonial igualmente nebulosa - para dizer o mínimo - dos demais membros do Congresso brasileiro. Aliás, se promovida séria busca por offshore companies constituídas e patrocinadas por partidos políticos brasileiros e seus representantes, o resultado seria, muito provavelmente, devastador.

  • 3. à 2:37 em 2011-05-22, José Quadros escreveu:

    Todo e qualquer suspeita sobre líderes públicos devem investigados, principalmente nos momentos atuais em que vivemos no Brasil, que está sendo dominado por toda espécie de corrupção de políticos, empresários e servidores públicos. Quem não tem culpa, não teme e prova sua dignidade perante o povo. Por que seu Palocci nega-se a isso?

  • 4. à 18:04 em 2011-05-22, Tuninho Caetano escreveu:

    Esse caso, de falta de ética e vergonha do ministro Palocci, que já não é "primário", deveria inspirar a imprensa a colocar também foco em outros casos de enriquecimentos no mínimo estranhos de vários outros políticos por esse Brasil afora. O que não falta são exemplos de políticos que acumulam fortunas que não condizem com seus salários e suas atividades parlamentares. Aqui no Rio de Janeiro são vários os exemplos de políticos que começaram suas atividades ainda jovens, como vereadores ou deputados estaduais, e que hoje tem apartamentos de alto-luxo, iates, palácios de veraneios, em fim, verdadeiras fortunas. Aqui chegou-se a um ponto de desfaçatez que o pai era governador, um filho secretário de fazenda e o outro do tribunal de contas. Esses e outros "mágicos" todos conhecem e são pouco importunados pela imprensa, receita ou seja lá quem for.

  • 5. à 13:08 em 2011-05-24, Pedro Sales do Vale escreveu:

    Seria muito bom se eles conseguissem esse tipo mobilização e união para defender o povo. Mas aí teriam que tomar medidas contra si próprios. BRASILEIROS, GRITEMOS A UMA SÓ VOZ: CHEGA DE IMPUNIDADE NESTE PAÍS!!!

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