A queda do Império Italiano
Uma derrota por 3x0 já é uma goleada? Há divergências.
Mas não há dúvidas de que se qualquer uma das 4 grandes nações futebolÃsticas (Brasil, Argentina, Itália e Alemanha) perder por esse placar e, principalmente, mostrando um futebol tão diminuto como o da seleção italiana contra o Brasil, o céu certamente se abriria para que os humanos pecadores ficassem a mercê da ira dos deuses.
Ou não?
Surpreendentemente, não é isto que está ocorrendo.
Após o jogo, um mal-humorado Marcello Lippi falou que não vai mudar nada no planejamento italiano para a Copa de 2010. Perguntado se não estava na hora de renovar, o técnico italiano retrucou dizendo "e chamar quem?"
Uma enquete feita pelo site da revista Goal perguntou ao longo da semana passada se o treinador deveria sair caso a Itália perdesse para o Brasil. A maioria votou para que ele ficasse.
Nesta segunda-feira, o tom da imprensa esportiva italiana é mais de resignação do que revolta.
O técnico achar que não tem ninguém melhor para chamar do que esses jogadores talvez seja um sintoma da grande crise que atinge o futebol italiano.
Nos clubes, ela já era visÃvel há tempos.
Desde 2006, especificamente, quando Milan, Juventus, Lazio e Fiorentina foram condenados por tentar manipular jogos.
O resultado que vem sendo visto é que a Serie A está deixando, pela primeira vez em 25 anos, de atrair os melhores jogadores do mundo. Kaká foi, dos grandes, o mais recente a trocar a Itália pela Espanha mas pode não ser o último.
Aparentemente até a multi-campeã Internazionale se tornou pequena demais para Ibrahimovic, que diz querer jogar em um time com chances de ganhar a Liga dos Campeões.
Mesmo discurso do lateral-direito Maicon, até o momento, ainda companheiro do sueco.
A venda de Kaká oficializou o status reduzido do Milan, que deixou de ser um tubarão voraz, colecionando talento à vontade, para ocupar a desconfortável posição de time vulnerável aos euros de outros, obrigado a vender seu maior talento.
Todo esse baixo astral talvez tenha a ver com as declarações irritadas do goleiro Buffon na semana passada, que disse que a Itália nunca iria jogar o "futebol champagne". Quem quiser assistir a isso, que vá ver a Espanha ou o Brasil, bufou.
A Espanha, quem diria, que até recentemente não passava da fúria descontrolada e inconsequente, é apontada agora como favorita ao lado do Brasil.
Azar da sul-africana Shaakira.
Na saÃda do estádio Loftus Park na noite de domingo, a garota de 19 anos ainda carregava a bandeira italiana nas mãos e pintada na bochecha, além de vestir um agasalho do time.
"Comecei a torcer pela Itália em 2006, depois da Copa", disse.
"Talvez não tenha sido uma boa ideia."
°ä´Ç³¾±ð²Ô³Ùá°ù¾±´Ç²õDeixe seu comentário
A Italia nunca teve um time digno de merecer ser campeão da ultima copa do mundo, acontece que todos os times pipocaram, o Brasil é um exemplo que estava na última copa como amplo favorito, a França também dentre outros.
A Italia joga num esquema tático que prioriza o sistema defensivo, não há criatividade e o Sr. Marcelo Lippi, técnico da Azurra deveria ser demitido e entrar um técnico que dê uma outra cara para a esquadra italiana. Se a Itália continuar assim só ganhará novamente se todos os times estiverem mal ou pÃpocarem...
Hahahahahaha! Coitada da menina.
Tirando a semi-final da Copa de 2006, a única coisa que a Azzurra me provoca é sono. Buffon bem disse. É uma mentalidade futebolÃstica medÃocre e enfadonha. Grandes jogadores escravos da burocracia. Adoro quando perdem, principalmente para o Brasil. Os 3X0 foram bem chatinhos, mas merecidos.