Seleções mostram a que vieram
A sensação no final de semana é de que a Copa do Mundo finalmente começou.
Se a primeira fase foi marcada por alguns jogos tediosos e pela menor média de gols dos últimos anos - as maiores emoções foram as zebras e frangos - as oitavas já começaram com tudo que se espera de um Mundial.
Uruguai e Coreia do Sul foi disputado até o último minuto. Gana e Estados Unidos também foi um belo jogo, com uma prorrogação como há muito não se via.
Mas nada foi melhor do que as vitórias da Alemanha e Argentina. Os jogos tiveram de tudo: jogadas brilhantes, craques fazendo a diferença, gols legÃtimos mal anulados, gols ilegÃtimos não anulados, e muito assunto para os próximos dias.
Argentina e Alemanha não deixaram suas vitórias abertas para crÃticas de erros de arbitragem. Ambas partiram para cima dos seus adversários e foram incontestáveis à frente.
A Alemanha mostrou que é muito forte quando seu ataque funciona. Na vitória sobre a Inglaterra, todos os jogadores da frente estiveram bem. Thomas Muller marcou dois gols e deu assistência em um deles. Lucas Podolski e Miroslav Klose também foram implacáveis.
O meio de campo alemão continua sendo o melhor da equipe, com Khedira, Schweinsteiger e, sobretudo, Ozil.
Mas os alemães, é bom lembrar, não são imbatÃveis. Quando Lampard teve seu gol mal anulado, a Alemanha dava sinais de que sentia a pressão inglesa e que o jogo poderia mudar completamente.
À noite, enquanto o técnico brasileiro Dunga respondia a uma pergunta em uma entrevista coletiva sobre o fim do futebol ofensivo e bonito nas Copas do Mundo, os argentinos se encarregavam de arrasar a tese no estádio Soccer City.
A Argentina finalmente justificou a presença da sua "esquadra ofensiva". Maradona trouxe seis atacantes para a Copa e tem escalado ao menos três em todas as partidas. O trio preferido do treinador - Messi, Tevez e Higuain - comandou a vitória sobre os mexicanos. Se o primeiro gol de Tevez foi irregular, não houve dúvidas sobre quem merceria ganhar o jogo.
O que mais impressiona na Argentina é saber que Maradona ainda conta no banco com Milito, Aguero e Palermo.