Estrangeiros temem Lula 'desbancado'
Se na eleição de 2002 a preocupação dos investidores era com o rumo que o então candidato favorito Luiz Inácio Lula da Silva daria à economia, agora a preocupação do mercado e de analistas estrangeiros é com o tamanho da bancada parlamentar de apoio ao presidente, caso Lula seja reeleito para um segundo mandato.
É isso o que diz Justine Thody, diretora regional para América Latina da The Economist Intelligence Unit, com sede em Londres.
“Parece que a confiança está sendo afetada por preocupações com as perspectivas futuras, no contexto da paralisação das reformas estruturais, e a expectativa de que a situação de apoio no Legislativo piore em um segundo mandato”, afirmou.
A possível redução da bancada de apoio a Lula tem sido apontada por diversos analistas nos últimos meses.
O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) prevê que a bancada do PT, que elegeu 91 deputados em 2002 e agora conta com 81, deve diminuir para, no máximo, 75 nas eleições de outubro.
Já a bancada do PSDB, que era de 70 deputados em 2002, pode aumentar para 85, segundo o Diap.
O maior vencedor deve ser o PMDB, que elegeu 75 deputados em 2002, viu a bancada aumentar para 83 ao longo dos últimos quatro anos e pode eleger até 95 em outubro.
dzԳáDzDeixe seu comentário
Se isto revelar-se verdadeiro, redução da bancada do PT etc..., então significa que o povo brasileiro está atento pois reage contra quem o envergonha, por outro lado, se é verdade que o povo está atento, como se explica a pretensa votação que o atual presidente diz que receberá. As pesquisas..... desconfiemos delas.
Ao contrário do que entende a analista Justine Thody, a hipótese de uma pequena redução da bancada petista no congresso não trará dificuldades excepcionais ao segundo mandato do governo Lula, sobretudo no campo da economia e dos investimentos estrangeiros. O primeiro mandato do presidente Lula assentou as bases para o desenvolvimento sustendado da economia brasileira, o que mostra a enorme capacidade de negociação do governo não apenas com os outros partidos políticos, mas com os Estados, municípios e a sociedade organizada como um todo. Como se verá nos meses que se seguirão à segunda vitória de Lula, as reformas estruturais não serão paralizadas, o risco país continuará declinando.
Sinceramente, não vejo uma mudança muito séria, contra a possível eleição de Lula. O PT pode, realmente, sofrer uma baixa na quantidade de deputados eleitos. Mas, seguindo a previsão do Sr. Thody, o PMDB, fará uma bancada maior que 2002 e vai, sem dúvida, continuar a apoiar Lula. Certamente teremos uma oposição maior, mas Lula continuará com maioria, em troca de ministérios e outros cargos.
Contráriando o companheiro Emerson H. Vasconcelos, eu acredito nas pesquisas. Já trabalhei nelas. Aqui na Bahia, por exemplo, temos um caso atípico: Lula é maioria, mas não elege seu governador. E mais, o PT sairá derrotado. Lembre-se caro Emerson, a grande maioria dos eleitores não votam em partidos e sim, no homem.
Acho que igual aconteceu no segundo mandato do FHC o Governo do Lula terá o mesmo problema, ainda mas se perder os lugares na bancada levando em consideração que todos os seus aliados caíram já. Como o Palocci que seria seu homem forte.
A questão não é de que tamanho sairão das urnas esses principais partidos e sim, qual a capacidade que cada um deles terá de ser polo de atração, dos deputados que se elegerão por partidos pequenos que não vão superar a clausula de barreira.
As dezenas nessa situação, irão se bandear para partidos da base ou de oposição?
Claro que os partidos nanicos vão debandar para o Pt; para isto eles foram criados; há muito dinheiro na jogada. Inclusive o PSOL da raivosa Helena.
Por que existiriam os mensalões se não existissem os adversários de direita?
Para a imprensa e os analistas políticos pensarem.
Antonio Carlos Brasileiro da Silva
Aracati-Ce.