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Ministros da gest?o Dilma Rousseff detalharam nesta segunda-feira como se dar¨¢ o corte de R$ 50 bilh?es nas despesas do governo federal no or?amento de 2011, anunciado no dia 9.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, explicaram que do valor total, R$ 32 bilh?es equivalem a despesas de custeio e R$ 18 bilh?es s?o referentes basicamente a investimentos previstos em emendas parlamentares.

Em termos nominais, o maior corte de despesas discricion¨¢rias foi no Minist¨¦rio das Cidades, com redu??o de R$ 8,57 bilh?es no Or?amento.

Segundo a ministra, o corte afetar¨¢ o Programa Minha Casa Minha Vida, mas ressaltou que o programa ter¨¢ R$ 1 bilh?o a mais do que em 2010, totalizando R$ 7,6 bilh?es.

O segundo maior?corte?ocorreu no minist¨¦rio da Defesa, com R$ 4,38 bilh?es, seguido pelo minist¨¦rio da Educa??o, cuja verba foi reduzida em R$ 3,10 bilh?es.

No caso das despesas obrigat¨®rias, a maior redu??o ser¨¢ no valor total de subs¨ªdios, subven??es e Proagro (seguro agr¨ªcola) pagos pelo governo, com corte de R$ 8,92 bilh?es.

Segundo Guido Mantega, em 2010, o governo gastou R$ 5 bilh?es em subs¨ªdios, lembrando que a programa??o or?ament¨¢ria inicial para esse ano previa R$ 14 bilh?es em subs¨ªdios. ¡°Existe margem para reduzir para R$ 7 bilh?es¡±, disse.

O ministro afirmou ainda que n?o h¨¢ previs?o para gastos com a compra de ca?as em 2011. ¡°N?o temos recursos dispon¨ªveis este ano para a compra de ca?as, n?o temos espa?o fiscal.¡±

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Um estudo divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Sangari e pelo Minist¨¦rio da Justi?a aponta que Alagoas lidera o ranking dos Estados brasileiros mais violentos, com uma taxa de 60,3 homic¨ªdios para cada 100 mil habitantes.

A pesquisa Mapa da Viol¨ºncia aponta o Esp¨ªrito Santo em segundo lugar na lista dos mais violentos, com 56,4 homic¨ªdios por 100 mil habitantes, seguido por Pernambuco, com uma taxa de 50,7 por 100 mil.

Ainda segundo o estudo, o Piau¨ª ¨¦ o Estado com menor n¨²mero de homic¨ªdios, com 12,4 casos para cada 100 mil habitantes. A pesquisa foi elaborada com dados de 2008.

Os n¨²meros representam um salto de Alagoas no ranking da viol¨ºncia: em 1998, o Estado nordestino era o 11? colocado.

A queda mais significativa ficou com S?o Paulo, que passou do quinto para o 25? lugar em dez anos, com uma taxa de 14,9 homic¨ªdios por 100 mil habitantes.

J¨¢ o Rio de Janeiro, que era terceiro na lista em 1998, caiu para s¨¦timo em 2008, com 34 homic¨ªdios para cada 100 mil habitantes.

Em dez anos, a maior alta na taxa de homic¨ªdios para cada 100 mil habitantes ocorreu no Maranh?o, com 297% de aumento. Na Bahia, a alta foi de 237,5%, enquanto no Par¨¢ foi de 193,8%.

A maior queda ocorreu em S?o Paulo, que registrou um decr¨¦scimo de 62,4% na taxa de homic¨ªdios. Considerando as 27 Unidades da Federa??o, 16 tiveram aumento nas suas taxas, enquanto houve recuo em 11.

O total de homic¨ªdios registrados no Brasil em 2008 foi de 50.113, contra 47.707 no ano anterior. Em 1998, o n¨²mero foi de 41.950, o que representa alta de 17,8% em dez anos - aumento levemente superior ao da popula??o do mesmo per¨ªodo, que ficou em 17,2%.

Brancos e negros

Segundo o Mapa da Viol¨ºncia, a tend¨ºncia no Brasil ¨¦ de queda no n¨²mero de homic¨ªdios na popula??o branca e de aumento na popula??o negra. Em 2008, de acordo com o estudo, morreram 103,4% mais negros do que brancos v¨ªtimas de homic¨ªdio. Em 2005, esta taxa foi de 67,1%.

Em 2008, a Para¨ªba registrou 1.083% mais mortes de negros por homic¨ªdio do que de brancos, sendo este o Estado com o pior resultado neste crit¨¦rio. Em segundo, fica Alagoas, com 974,8%. J¨¢ no Paran¨¢, morrem 34,7% menos negros devido a homic¨ªdios do que brancos.

Ainda segundo a pesquisa, em 2008, morreram no Brasil 127,6% mais jovens negros v¨ªtimas de homic¨ªdios do que jovens brancos. Em 2005, a propor??o era de 77,8%.

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A taxa de desemprego em janeiro ficou em 6,1%, segundo informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat¨ªstica (IBGE). Este foi o menor ¨ªndice registrado no primeiro m¨ºs do ano desde 2003.

O representa alta de 0,8 ponto percentual em rela??o a dezembro, quando foi de 5,3%, mas apresentou queda de 1,1 ponto percentual se comparada com janeiro de 2010 (7,2%).

A popula??o desocupada nas seis capitais pesquisadas pelo IBGE foi de 1,423 milh?o, representando alta de 13,7% em rela??o a dezembro e uma queda de 15,6% na compara??o com janeiro do ano passado.

J¨¢ a popula??o ocupada (22,08 milh?es) recuou 1,6% em rela??o a dezembro e cresceu 2,2% se comparada a janeiro de 2010.

A regi?o metropolitana com a maior taxa de desocupa??o em janeiro foi Salvador, com 10,7%. A menor foi registrada em Porto Alegre, com 4,2%.

Gera??o de empregos

Pouco depois da divulga??o do ¨ªndice de desemprego pelo IBGE, o Minist¨¦rio do Trabalho e Emprego anunciou os novos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os n¨²meros apontam a cria??o de152.091 novas vagas em janeiro de 2011 - alta de 0,42% em rela??o a dezembro.

De acordo com o minist¨¦rio, o m¨ºs passado registrou o segundo melhor n¨²mero da s¨¦rie hist¨®rica iniciada em 1992, perdendo apenas para janeiro de 2010, quando foram criadas mais de 184 mil vagas.

Nos ¨²ltimos 12 meses, 2.107.619 postos de trabalho formais foram criados - uma expans?o de 6,23% em rela??o aos 12 meses anteriores.

As indicam que dois setores da atividade econ?mica tiveram gera??o recorde de empregos em janeiro: servi?os e extrativa mineral. J¨¢ com¨¦rcio e administra??o p¨²blica tiveram queda - segundo o minist¨¦rio, por raz?es sazonais.

* Atualizado ¨¤s 13h16

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?O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira o aumento do sal¨¢rio m¨ªnimo de R$ 540 para R$ 545. A proposta, que j¨¢ havia passado por vota??o na C?mara dos Deputados, come?a a valer em 1? de mar?o.

Com a decis?o do Senado, o projeto agora segue para san??o da presidente Dilma Rousseff. Segundo o l¨ªder do governo Romero Juc¨¢ (PMDB-RR), ela deve assin¨¢-lo at¨¦ o fim deste m¨ºs.

Durante a vota??o, foram rejeitadas tr¨ºs propostas de emendas: duas que alteravam o valor para R$ 600 e R$ 560 e uma terceira determinando a retirada do artigo sobre reajustes futuros do m¨ªnimo.

Assim, ficou estabelecido que at¨¦ 2015 o valor do sal¨¢rio m¨ªnimo ser¨¢ reajustado apenas via decreto presidencial.

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O valor de R$ 545, proposto pelo governo, havia sido criticado pelas centrais sindicais e pela oposi??o antes de ser aprovado na C?mara, na ¨²ltima quarta-feira (16).

A aprova??o do novo m¨ªnimo ocorre em um momento no qual integrantes do governo, sob orienta??o da presidente ?t¨ºm sido pressionados a conter gastos e equilibrar as contas p¨²blicas.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no in¨ªcio de fevereiro o corte de R$ 50 bilh?es no Or?amento da Uni?o para 2011. A maior parte da redu??o de gastos ocorrer¨¢ no custeio do setor p¨²blico. Tamb¨¦m foram suspensas a realiza??o de concursos e as nomea??es de servidores concursados.

O economista Felipe Salto, analista da Tend¨ºncias Consultoria, avalia que cada R$ 1 dado de reajuste no m¨ªnimo representa um aumento de cerca de R$ 280 milh?es nas contas do governo federal.

Leia tamb¨¦m: Para analistas, corte de gastos abriria espa?o para m¨ªnimo maior

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Pesquisa da CNI (Confedera??o Nacional da Ind¨²stria) divulgada nesta quinta-feira sinaliza que os empres¨¢rios brasileiros da ind¨²stria est?o menos otimistas do que h¨¢ um ano.

No ¨ªndice calculado pela confedera??o, a confian?a do empresariado caiu 6 pontos em fevereiro deste ano em rela??o ao mesmo m¨ºs em 2010 (de 67,8 pontos para 61,8).

A queda foi observada em todos os portes de empresa, principalmente na regi?o Sul do pa¨ªs.
Para o economista Marcelo Azevedo, da CNI, o resultado ¨¦ motivado pelo esfriamento da atividade econ?mica nos ¨²ltimos meses.

¡°Em fevereiro do ano passado, a ind¨²stria estava em um momento muito bom¡±, disse o economista, segundo comunicado divulgado pela entidade.

O ?ndice de Confian?a do Empres¨¢rio Industrial (ICEI) oscila entre zero e cem pontos, sendo que percep??es acima de 50 pontos indicam que os empres¨¢rios est?o confiantes. Ou seja, apesar da queda em fevereiro, a pesquisa mostra que o empresariado continua confiante.

Segundo a CNI, o ¨ªndice de 61,8 tamb¨¦m est¨¢ 2,1 pontos acima da m¨¦dia hist¨®rica.

A pesquisa foi feita entre 31 de janeiro e 14 de fevereiro, com 1.839 empresas, de pequeno, m¨¦dio e grande porte.

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O Brasil tem ¡°potencial¡± para alcan?ar um modelo energ¨¦tico menos poluente e economicamente vi¨¢vel se houver mais pesquisas e investimentos do Estado, diz (Instituto de Pesquisa Econ?mica Aplicada) divulgado nesta ter?a.

O estudo, chamado ¡°Energia e Meio Ambiente no Brasil¡±, conclui que, para ser bem-sucedido nesse modelo, o Brasil precisa investir em pesquisa, distribuir melhor seus recursos e promover incentivos ¨¤ produ??o de energia renov¨¢vel.

O texto afirma que ¡°muito mais do que um sacrif¨ªcio para a economia nacional, a sustentabilidade ambiental deve ser vista como uma oportunidade para o desenvolvimento s¨®cio-econ?mico. Esse racioc¨ªnio segue a tend¨ºncia mundial, talvez irrevers¨ªvel, de uso de energias alternativas com responsabilidade social e ambiental¡±.

O desafio em rela??o aos biocombust¨ªveis, para os autores da pesquisa, ¨¦ se tornarem competitivos frente aos derivados de petr¨®leo. O estudo pede mecanismos ¡°capazes de remunerar o esfor?o da produ??o sustent¨¢vel em toda a cadeia (produtiva)¡±, incluindo subs¨ªdios e ren¨²ncia fiscal por parte do governo.

No caso do etanol, o consumo, que foi de 25 bilh?es de litros em 2009, deve chegar a 60 bilh?es em 2017, segundo proje??es.

A produ??o de energia e¨®lica tamb¨¦m tende a crescer ¨C o setor ganhou mais 41 usinas nos ¨²ltimos anos ¨C, e o mercado de res¨ªduos s¨®lidos tamb¨¦m oferece oportunidades para a gera??o de energia, mas ¡°ainda carece de pol¨ªticas de incentivo no Brasil¡±, segundo o Ipea.

Para o instituto, esses setores necessitam da interfer¨ºncia do Estado para crescerem em import?ncia. ¡°? necess¨¢rio debater alternativas de compensa??o financeira ¨C para munic¨ªpios ou para a agricultura ¨C para atividades de produ??o de energia renov¨¢vel, (de forma) semelhante aos royalties do petr¨®leo.¡±

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Apesar disso, as atuais proje??es apontem para uma maior depend¨ºncia de combust¨ªveis f¨®sseis.

Atualmente, o consumo anual de petr¨®leo no Brasil ¨¦ estimado em 1,34 tonelada equivalente (tep) por habitante, m¨¦dia inferior ¨¤ mundial (1,78 tep por habitante). Mas a tend¨ºncia ¨¦ que o consumo aumente significativamente no Brasil at¨¦ 2030, segundo dados do Minist¨¦rio de Minas e Energia citados pelo Ipea. Essa tend¨ºncia de crescimento j¨¢ era observada antes mesmo das descobertas do pr¨¦-sal.

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As vendas no varejo fecharam 2010 com crescimento de 10,9%, o maior valor acumulado desde 2001, segundo informou nesta ter?a-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat¨ªstica (IBGE).

De acordo com , o volume de vendas em dezembro do ano passado n?o teve varia??o em rela??o ao m¨ºs anterior, mas teve alta de 10,1% na compara??o com dezembro de 2009.

O maior impacto no resultado do com¨¦rcio varejista em 2010 foi do segmento de hipermercados, supermercados, produtos aliment¨ªcios, bebidas e fumo, cujas vendas tiveram alta de 9% em rela??o a 2009 - o que corresponde a 39,9% da taxa anual.

Segundo o IBGE, o desempenho reflete o aumento do poder de compra da popula??o decorrente do aumento da massa de sal¨¢rio da economia, obtida pela melhora da renda e do emprego, e da expans?o do cr¨¦dito.

Das 27 Unidades da Federa??o, 16 tiveram alta nas vendas em dezembro na compara??o com o m¨ºs anterior, enquanto 11 tiveram queda. Os melhores resultados ocorreram em Roraima (3,8%), Acre (3,7%) e Piau¨ª (2%). As principais quedas foram no Amap¨¢ (-1,9%), Bahia (-1,4%), Alagoas e Paran¨¢ (-1,3% cada um).

A pesquisa ¨¦ realizada com oito atividades do com¨¦rcio: m¨®veis e eletrodom¨¦sticos; hipermercados, supermercados, produtos aliment¨ªcios, bebidas e fumo; tecidos, vestu¨¢rio e cal?ados; artigos farmac¨ºuticos, m¨¦dicos, ortop¨¦dicos, de perfumaria e cosm¨¦ticos; equipamentos e material para escrit¨®rio, inform¨¢tica e comunica??o; combust¨ªveis e lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; e outros artigos de uso pessoal e dom¨¦stico.

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Uma opera??o da Pol¨ªcia Federal (PF) cumpre nesta sexta-feira 45 mandados de pris?o no Rio de Janeiro contra suspeitos de corrup??o e liga??o com o tr¨¢fico de drogas. Entre eles, est?o policiais civis e militares.

Batizada de Opera??o Guilhotina, a a??o da PF mobiliza cerca de 600 agentes, entre policiais federais e das for?as de seguran?a estaduais. At¨¦ o fim da manh? desta sexta-feira, 28 pessoas haviam sido detidas na opera??o.

Os policiais suspeitos - 11 agentes da Pol¨ªcia Civil e 21 PMs - s?o acusados de trabalhar como informantes de chefes do tr¨¢fico de drogas e tamb¨¦m s?o investigados por,envolvimento com a venda ilegal de armas, com a seguran?a de pontos de jogos clandestinos e com mil¨ªcias.

Segundo a PF, os suspeitos seriam respons¨¢veis pelo roubo de produtos apreendidos durante opera??es policiais, como ocorreu durante a ocupa??o do Complexo do Alem?o.

A Pol¨ªcia Federal diz ainda que as investiga??es come?aram com o vazamento de informa??es durante outra opera??o, que pretendia prender o traficante conhecido como Rupinol, que atuava junto de Antonio Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do tr¨¢fico nas favelas da Rocinha e do Vidigal, na zona sul do Rio.

Dois helic¨®pteros e quatro lanchas das for?as estaduais de seguran?a foram mobilizadas para ajudar na Opera??o Guilhotina.

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As reservas internacionais do Brasil, esp¨¦cie de ¡°seguro¡± financeiro que costuma auxiliar uma economia em momentos de crise, chegaram ¨¤ marca de US$ 300 bilh?es, segundo o Banco Central.

A posi??o das reservas na ¨²ltima quarta-feira ¨C e divulgada nesta quinta no site do BC ¨C ¨¦ de US$ 300,271 bilh?es.

Nos ¨²ltimos tr¨ºs anos, o Brasil foi um dos pa¨ªses que mais turbinaram seu volume de reservas, considerando os dez maiores do ranking. Desde 2007, a cifra cresceu 65%, atr¨¢s da China (+ 73%) e Hong Kong (80%).

Na China, primeira do ranking, as reservas chegam a US$ 2,6 trilh?es. Na ?ndia, at¨¦ o m¨ºs passado, o volume era de US$ 299,3 bilh?es.

A eleva??o das reservas brasileiras ¨¦ reflexo das compras de d¨®lar efetuadas pelo Banco Central, na tentativa de evitar uma valoriza??o ainda mais forte da moeda brasileira.

Ao mesmo tempo em que funciona como um seguro em per¨ªodos de turbul¨ºncia financeira, a manuten??o das reservas tamb¨¦m imp?e um custo ao pa¨ªs, j¨¢ que, ao adquirir a moeda americana, o governo brasileiro aumenta sua d¨ªvida em reais, que paga a maior taxa de juros do mundo (11,25% ao ano).

Como o Brasil continua sendo um dos principais destinos de investimentos estrangeiros no mundo, a tend¨ºncia ¨¦ de que as reservas em d¨®lar do pa¨ªs cres?am ainda mais.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira um corte de R$ 50 bilh?es nas despesas previstas pelo Or?amento Geral da Uni?o para este ano.

O corte ¨¦ mais do dobro do montante bloqueado no Or?amento do ano passado ¨C R$ 21,8 bilh?es ¨C, que havia sido o maior contingenciamento feito?em oito anos de governo de Luiz In¨¢cio Lula da Silva.

A redu??o ¨¦ anunciada num momento em que a infla??o preocupa o governo. Na ¨²ltima ter?a, o IBGE anunciou que o IPCA (?ndice de Pre?os ao Consumidor Amplo) de janeiro subiu 0,83%, maior aumento desde abril de 2005.

O Or?amento, aprovado pelo Congresso no ano passado, previa R$ 2,073 trilh?es para 2011. Com o corte, o valor cai para R$ 2,023 trilh?es, segundo a Ag¨ºncia Brasil.

O ministro da Fazenda disse que os cortes almejam manter a ¡°solidez fiscal¡±, a redu??o do deficit nominal do pa¨ªs e a redu??o da d¨ªvida l¨ªquida, para garantir a expans?o do investimento p¨²blico e privado e permitir?uma futura?redu??o?na taxa de juros.

O Or?amento foi calculado com base em uma previs?o do PIB de R$ 4,5 trilh?es e de um sal¨¢rio m¨ªnimo de R$ 545.

?Mantega disse que ser?o retirados os ¡°est¨ªmulos, desonera??es e subs¨ªdios¡± estabelecidos ap¨®s a crise econ?mica global de 2008.

Segundo o ministro, todos os minist¨¦rios ser?o afetados pelas redu??es, mas os programas sociais do governo n?o sofrer?o cortes.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que fez o an¨²ncio ao lado de Mantega, disse que ¡°a efici¨ºncia dos gastos p¨²blicos ser¨¢ um mantra, uma tarefa permanente do governo¡±.

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Representantes de comunidades ribeirinhas, de grupos ind¨ªgenas e de ONGs que atuam na bacia do rio Xingu entregaram nesta ter?a-feira no Pal¨¢cio do Planalto um documento pedindo a suspens?o do licenciamento da usina de Belo Monte, no Par¨¢.

Eles afirmam que a usina causar¨¢ grande preju¨ªzo ao meio-ambiente e ¨¤ popula??o que vive na regi?o.

A comiss?o, integrada pela Alian?a em Defesa dos Rios Amaz?nicos e pelo Movimento Xingu Vivo, foi recebida pelo ministro da Secretaria Geral da Presid¨ºncia em exerc¨ªcio, Rog¨¦rio Sotilli, que substitui Gilberto Carvalho, em viagem ao Senegal.

O grupo entregou a Sotilli uma peti??o contr¨¢ria ¨¤ constru??o da usina assinada por 604 mil pessoas. Eles tamb¨¦m reivindicaram maior participa??o da sociedade civil nos projetos energ¨¦ticos nacionais.

Presente ao encontro, o cacique caiap¨® Raoni Metuktire pediu uma audi¨ºncia com a presidente Dilma Rousseff para tratar do tema.

Em nota, a Secretaria Geral da Presid¨ºncia diz que Sottili se comprometeu a levar o documento ¨¤ presidente Dilma Rousseff.

"Quero que voc¨ºs vejam o governo como um parceiro. Podemos n?o chegar a um consenso, mas vamos construir as pol¨ªticas por meio do di¨¢logo", ele afirmou.

Antes da reuni?o, os grupos contr¨¢rios ¨¤ constru??o da usina fizeram um protesto em frente ao Pal¨¢cio do Planalto. Se erguida, Belo Monte ser¨¢ a terceira maior hidrel¨¦trica do mundo.

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O ?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo (IPCA) ¨C infla??o oficial utilizada pelo governo - subiu 0,83% em janeiro de 2011, a maior taxa desde abril de 2005, quando foi de 0,87%, informou o IBGE nesta ter?a-feira.

Trata-se tamb¨¦m de um aumento de 0,2 ponto percentual com rela??o a dezembro de 2010.

O ¨ªndice foi puxado para cima principalmente pelos aumentos de pre?os em alimentos, bebidas e transportes.

O grupo de alimentos e bebidas registrou alta de 1,16%, principalmente devido ao aumento de pre?os do tomate, da cenoura, de frutas e de hortali?as. O pre?o das carnes, que vinha em tend¨ºncia de alta, apresentou leve queda em janeiro.

No grupo transportes, a alta de 1,55% refletiu o reajuste de pre?os nas tarifas de ?nibus urbanos.

A infla??o medida pelo IPCA ¨¦ calculada pelo IBGE desde 1980, em nove regi?es metropolitanas do pa¨ªs e em Bras¨ªlia e Goi?nia.

O ¨ªndice de janeiro foi calculado pelos pre?os vigentes entre 29 de dezembro de 2010 e 28 de janeiro de 2011, em compara??o com os 30 dias anteriores.

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O apag?o registrado em sete Estados do Nordeste na madrugada desta sexta-feira teve como prov¨¢vel causa a pane de um equipamento em uma subesta??o de energia localizada em Pernambuco, segundo informou o ministro de Minas e Energia, Edison Lob?o.

O blecaute atingiu Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Cear¨¢, Para¨ªba e Rio Grande do Norte.

O defeito teria ocorrido na subesta??o Luiz Gonzaga, no munic¨ªpio pernambucano de Jatob¨¢ (pr¨®ximo ¨¤ divisa com a Bahia). A falha, segundo Lob?o, teria sido no sistema de prote??o do local, o que desligou uma linha de transmiss?o de 500 kV.

Depois disto, ¨¤ 0h25 desta sexta-feira, mais seis linhas de transmiss?o foram desativadas, ativando o sistema de prote??o da rede. Isto levou ao desligamento de tr¨ºs usinas: Xing¨®, Paulo Afonso e Luiz Gonzaga.

Para evitar que o blecaute atingisse o pa¨ªs, o Operador Nacional do Sistema (ONS) isolou imediatamente toda a regi?o Nordeste.

O trabalho de religamento da energia na regi?o come?ou ¨¤ 1h e s¨® terminou por volta de 6h, segundo a ONS. O Estado que ficou mais tempo sem energia foi o Rio Grande do Norte, onde o servi?o foi restabelecido ¨¤s 4h (hor¨¢rio de Bras¨ªlia).

O ministro disse que o apag?o n?o ¨¦ motivo para preocupa??o. "O nosso sistema funciona muito bem", afirmou Lob?o. "Tem falhas em todos os pa¨ªses do mundo".

Na pr¨®xima segunda-feira, uma reuni?o entre o ministro, a Companhia Hidroel¨¦trica do S?o Francisco (Chesf), a Ag¨ºncia Nacional de Energia El¨¦trica (Aneel) e a ONS ir¨¢ discutir as causas do apag?o.

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Em mensagem ao Congresso Nacional nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff voltou a ressaltar o combate ¨¤ infla??o como ¡°prioridade¡± de seu governo, acrescentando ainda que os gastos p¨²blicos ser?o realizados com ¡°rigor¡±.

¡°Manteremos a estabilidade econ?mica como valor absoluto. Defendemos a??es firmes no combate ¨¤ infla??o e rigor no uso do dinheiro do contribuinte¡±, disse a presidente, em discurso que marcou o in¨ªcio dos trabalhos no Legislativo.

Sobre o reajuste do sal¨¢rio, cuja vota??o no C?mara est¨¢ prevista para o pr¨®ximo m¨ºs, Dilma n?o falou em valores, mas disse que defende a regulamenta??o de uma pol¨ªtica de reajuste sempre acima da infla??o.

Ao mesmo tempo, a presidente indicou que esse valor deve ser ¡°compat¨ªvel¡± com a capacidade fiscal do governo.

O assunto tem sido motivo de intensa negocia??o entre governo, centrais sindicais e parlamentares.

¡°A manuten??o de regras est¨¢veis (para o reajuste) ¨¦ um pacto deste governo com os trabalhadores, que ter?o reajustes acima da infla??o e compat¨ªveis com a capacidade financeira do Estado brasileiro¡±, disse.

Dirigindo-se aos parlamentares, Dilma sugeriu ainda um ¡°pacto social¡±, capaz de eliminar a pobreza extrema no pa¨ªs, uma das principais bandeiras de seu governo.

¡°? vergonhoso que um pa¨ªs capaz de produzir 149 milh?es de toneladas de gr?os ainda tenha cidad?os passando fome¡±, disse.

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O crescimento da produ??o industrial brasileira em 2010 foi de 10,5%, a maior expans?o anual do setor desde 1986, segundo informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat¨ªstica (IBGE).

Com isto, a ind¨²stria nacional reverteu a queda de 7,4% ocorrida em 2009. No entanto, o n¨²mero fica abaixo do crescimento m¨¦dio dos onze meses anteriores, de 11,2%.

Em dezembro de 2010, o setor apresentou recuo de 0,7% em rela??o ao m¨ºs anterior, mas avan?ou 2,7% na compara??o com dezembro de 2009.

, a produ??o no ¨²ltimo trimestre de 2010 foi 3,3% superior ¨¤ do quarto trimestre de 2009, mas ficou praticamente est¨¢vel (-0,1%) na compara??o com o trimestre imediatamente anterior.

J¨¢ o crescimento da ind¨²stria no segundo semestre de 2010 foi de 5,6% em rela??o ao mesmo per¨ªodo de 2009, bem inferior ao avan?o registrado no primeiro semestre (16,2%), quando comparado com os seis primeiros meses do ano anterior.

O setor de bens de capital teve o maior crescimento acumulado no ano, com 20,8%. O pior resultado foi dos bens de consumo semidur¨¢veis e n?o-dur¨¢veis, com 5,2%.

Dos 27 ramos da ind¨²stria pesquisados pelo IBGE, 25 tiveram varia??o positiva no acumulado do ano. Os melhores desempenhos foram de ve¨ªculos automotores (24,2%) e m¨¢quinas e equipamentos (24,3%).

Os setores de produtos do fumo (-8,0%) e de outros equipamentos de transporte (-0,1%) foram os ¨²nicos que recuaram em 2010.

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Candidato do governo Dilma Rousseff ¨¤ Presid¨ºncia da C?mara, o deputado federal Marco Maia (PT-RS) foi eleito para o cargo nesta ter?a-feira, horas depois da posse da atual legislatura.

Maia conquistou 375 votos, enquanto Sandro Mabel, em 2? lugar na disputa, ficou com a prefer¨ºncia de 106 deputados.

Chico Alencar (PSOL-RJ) e Jair Bolsonaro (PP-RJ), que registraram suas candidaturas nesta ter?a-feira, ficaram com 16 e 9 votos respectivamente. Tr¨ºs deputados votaram em branco.

Para se eleger sem a necessidade de um segundo turno, Maia precisava de maioria simples: pelo menos metade dos votos mais um, ou seja, 255.

Pela tradi??o da C?mara, os partidos de maior representatividade na casa t¨ºm a prerrogativa de ocupar a Presid¨ºncia. PT e PMDB chegaram a um acordo que prev¨º o rod¨ªzio do cargo a cada dois anos.

Assim como Maia, Mabel tamb¨¦m ¨¦ tido como um candidato da base governista, mas decidiu lan?ar sua candidatura mesmo sem o apoio de seu partido, na tentativa de conquistar os votos do chamado ¡°baixo clero¡±.

Impacto

Muitos avaliam como ¡°significativo¡± o grau de descontentamento de deputados nesse in¨ªcio de governo, principalmente em fun??o dos cortes de gastos que v¨ºm sendo defendidos pela presidente Dilma, com poss¨ªvel? impacto na libera??o de verbas para emendas parlamentares.

Mesmo com a vit¨®ria de Maia, a diferen?a de votos entre os dois candidatos ¨C que ficou abaixo do previsto ¨C dever¨¢ acender o sinal amarelo no governo.

A avalia??o corrente ¨¦ de que o placar ¨¦ apenas um dos primeiros sinais das dificuldades que o governo Dilma poder¨¢ enfrentar na C?mara ¨C uma delas na vota??o sobre o sal¨¢rio m¨ªnimo, prevista para o m¨ºs que vem.

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O senador Jos¨¦ Sarney (PMDB-AP) foi reeleito nesta ter?a-feira para a Presid¨ºncia do Senado Federal, cargo que ocupar¨¢ pela 4? vez em seus 35 anos na Casa. Dois desses mandatos foram cumpridos durante o governo Lula.

A vota??o abriu os trabalhos na Casa, que estava em recesso desde o final de dezembro. Sarney obteve 70 votos contra 8 de seu advers¨¢rio na disputa, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Logo depois de eleito, Sarney lembrou sua trajet¨®ria no Legislativo, onde j¨¢ atingiu 56 anos de mandato, sendo 35 deles no Senado. ¡°Ultrapassei nosso patrono, Ruy Barbosa¡±, disse o presidente reeleito, emocionado.

Apoiado pelos partidos que integram a base da presidente Dilma Rousseff, Sarney assume um Senado com forte maioria governista: cerca de 59 dos 81 que comp?e a Casa s?o aliados do novo governo.

Em 2009, a gest?o de Sarney na presid¨ºncia do Senado foi abalada pelo esc?ndalo dos chamados atos secretos ¨C decis?es administrativas, envolvendo inclusive casos de nepotismo, que muitas vezes n?o eram tornadas p¨²blicas.

Sarney prometeu uma reforma administrativa, mas o assunto ainda est¨¢ sendo analisado pela Comiss?o de Constitui??o e Justi?a da Casa.

O presidente da C?mara dos Deputados tamb¨¦m ser¨¢ definido em vota??o, no in¨ªcio da noite desta ter?a-feira.

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