Olhar inglês
* Steve Kingstone é correspondente da 鶹ҳ em São Paulo
Duas semanas atrás, alguém disse pra mim: "Lula só perde essa eleição se for encontrado na cama com uma mulher morta ou com um homem vivo."
Essa é uma frase incrível, mas após três anos no Brasil aprendi que é sempre um risco fazer previsões. As coisas aqui mudam em um piscar de olhos. E isso é motivo de alegrias e frustrações neste grande país.
De um ponto de vista egoísta e puramente jornalístico, posso dizer que o caso do dossiê animou uma campanha particularmente tediosa.
Esse episódio talvez seja confuso para uma audiência internacional, para a qual o nome dos envolvidos não soa familiar, mas foi importante por se tratar da primeira ‘ameaça’ real aos planos de reeleição do presidente Lula.
Mesmo assim, minhas tentativas de entrevistar o presidente não deram em nada, após uma série de respostas educadamente descompromissadas do Planalto e do PT (os brasileiros nunca dão um “não” direto).
É uma pena porque ao redor do mundo há um apetite genuíno por informações sobre o Brasil. Além disso, creio que o desempenho de Lula diante das câmeras é bem melhor do que muitos acreditam – incluindo seus próprios assessores.
Para encerrar, a melhor declaração da campanha eleitoral: Heloísa Helena chamando os políticos tradicionais de “gigolôs do FMI”. Isso você provavelmente não veria no meu país...
para assistir a uma reportagem de Steve Kingstone, em inglês, sobre a disputa eleitoral
Leia também os textos das reportagens em inglês nos links abaixo:
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